O ano é 1948. Em um ponto qualquer dos Estados Unidos, na lendária Rota 66 que atravessa o país, o escritor Jack Kerouac estava com o pé na estrada, se metendo em alguma confusão, ouvindo muito jazz, usando drogas, discutindo liberdade sexual e acumulando experiências que seriam descritas em On The Road, o livro que se tornaria “a bíblia hippie.”
Também nos mesmos Estados Unidos e no mesmo ano do pós-guerra, havia um homem com um perfil bem mais contido do que Kerouac. O matemático, engenheiro eletrônico e criptógrafo Claude Shannon não estava tão preocupado com o que a estrada reservava, mas sua mente estava ocupada em pensar como quantificar informação. Dentro da Bell Labs (que mais tarde daria origem à Nokia e à AT&T), ele escrevia um outro livro, Teoria Matemática da Comunicação, que se tornaria base seminal para a computação.
Jack Kerouac chamava sua geração de beat e deu origem ao movimento beatnik, que pautou e inspirou lutas por igualdade, liberdade e criatividade. Claude Shannon descobriu uma medida para quantificar a informação: o bit, que é utilizado até hoje como base para qualquer discussão tecnológica.
Nós, os bitniks, queremos o melhor dos dois mundos. Dos beatniks, trazemos a ode à liberdade, ao vanguardismo, às preocupações por igualdades e justiça para todos. Dos bits trazemos o poder do conhecimento, da informação condensada, as múltiplas possibilidades da tecnologia.
E é isso que nós, os bitniks do Gizmodo Brasil, traremos para vocês em forma de jornalismo. Com reportagens especiais, vamos falar sobre passado e futuro para agir no presente. Para isso, nossas lentes estarão nos três pilares que nos ajudam a ver o amanhã: tecnologia, ciência, e cultura.
Nossa viagem por essa estrada, tal como a de Kerouac, e a busca pela informação, tal como as de Shannon, está só começando. Vem com a gente?